Fundação Educacional de Andradina presente na produção científica internacional

divulgação -06/05/2016 11:05

Conhecidamente, a Ciência é uma importante mola propulsora do desenvolvimento humano nos mais diversos setores: saúde, ambiente, agricultura dentre outros. Mas fazer ciência não é uma tarefa simples, envolvendo principalmente método, mas também persistência e perspicácia. Não é à toa que os pesquisadores se qualificam durante anos, através de mestrados, doutorados e pós-doutorados para poderem executar suas atividades.

Andradina tem contribuído para o desenvolvimento da ciência nacional e mundial com importantes pesquisas. Assim, a FEA, através de seus cursos superiores, tem dado várias demonstrações de que abriga em quadro docente, profissionais de alto nível científico, que rotineiramente tem apresentado resultados de suas pesquisas em Congressos e Revistas Científicas por todo território nacional e em vários outros países.

Como exemplo disso, esta semana foi publicada mais uma pesquisa do prof e dr Willian Marinho Dourado Coelho, docente dos cursos de Medicina Veterinária e Agronomia da FISMA/FCAA-FEA, desta vez em uma renomada revista científica americana, a PARASITE EPIDEMIOLOGY AND CONTROL, da editora internacional ELSEVIER.

Dada a importância da descoberta realizada pelo prof Willian, em parceria com as professoras e doutoras Wilma Ap. Starke Buzetti (FEIS/UNESP, Ilha Solteira) e Kátia Denise Saraiva Bresciani (UNESP Araçatuba), imediatamente após a publicação vários pesquisadores internacionais entraram em contato solicitando maiores detalhes da pesquisa.

Mas afinal, o que foi descoberto? A pesquisa, intitulada: “Avaliação histoquímica e molecular da prevalência de Leishmania spp em inseto hematófagos” demonstrou que, diferentemente do que até então se conhecia, não são apenas os flebotomíneos (aqueles insetos pequenos, de cor amarelada e pertencem à ordem Diptera, conhecidos popularmente em nossa região por mosquito palha) os vetores transmissores da Leishmaniose, doença de grande importância na região noroeste do nosso estado, sendo avaliada a possibilidade de outros vetores atuarem no ciclo dessa doença.

Mas através de técnicas avançadas de análise de DNA, a equipe do profº Willian provou que mutucas, da espécie Tabanus importunus continham o agente causador da Leishmaniose. Em pesquisa anterior, publicada na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, os mesmos pesquisadores haviam encontrado Leishmania em mutucas.

Houve então a necessidade de expandir a pesquisa para os demais insetos hematófagos da região.  A pesquisa levou três anos para ser concluída, tendo sido analisadas espécie de insetos hematófagos na região urbana e rural de Andradina-SP, nas proximidades do rio Tietê nas cidades de Itapura e Pereira Barreto-SP e do rio Paraná, na cidade de Castilho-SP.

O que muda com essa pesquisa é que novas formas de prevenção da doença deverão ser adotadas, uma vez que os flebotomínios encontram-se ausentes em matas de determinadas áreas rurais, comprovando a urbanização desse parasito, além disso, outros insetos podem representar risco em transmitir essa e outras doenças aos animais e aos seres humanos.