Explosão em fábrica de papel mata três operários e paralisa produção na Citroplast

moises eustaquio -26/05/2017 08:25

Um encarregado e dois operadores da uma máquina de fabricar papel da empresa Citroplast, em Andradina, morreram na explosão de um cilindro de ar utilizado para secagem do material. A tragédia, por volta de 22h30 desta quinta-feira, 25, abalou diretores da indústria, demais colaboradores e familiares das vítimas.

Morreram na tragédia o encarregado André Carneiro, Diego Diego Rodrigues da Silva e Claudinei Antunes Ventura. Os três foram atingidos por partes da pesada estrutura da máquina que ruiu. As causas do acidente serão apuradas.

Marco Antônio Nacfur, gerente geral, lamentou a fatalidade e durante coletiva a órgãos de imprensa na madrugada, garantiu que a prioridade seria prestar amparo aos familiares e resgatar os corpos dos colaboradores mortos. Um deles preso por uma estrutura superior a 10 toneladas.

Diretores e brigadistas da empresa, assim como policiais militares, civis, e peritos trabalharam por horas após o acidente, a fim de registrar as perdas humanas e materiais. Informações iniciais davam conta de explosão da caldeira do complexo e que o número de mortos seria bem maior. Vinte pessoas atuam naquele setor.

CORRERIA

A cada minuto chegavam parentes dos três rapazes e de outros funcionários, aflitos e em busca de notícias. O trajeto entre o perímetro urbano e a empresa, ao lado a Rodovia da Integração, virou uma romaria de veículos, exigindo a presença de policiais rodoviários.

Aflitos os irmãos Fábio e Alexandre, sócios do empreendimento, buscavam uma resposta para o caos e afirmaram que a vida útil do cilindro que explodiu é de 30 anos, mas tem apenas 10 de uso. Por conta disso, a produção de papel deverá se paralisada no mínimo por trinta dias e demandará investimentos pesados no setor. O vereador Geraldo Shiomi, advogado da Citroplast, também acompanhou a situação.

PERDA DE PROFISSIONAIS

“O que a gente lamenta mesmo é a perda de profissionais do quadro da empresa e a dor que essa tragédia causa aos familiares e amigos deles”, destacou Fábio Citro com exclusividade ao Impacto Online.

O empresário divulgou ainda que em meio à crise que assola o País a empresa vinha trabalhando com cerca de 60% de sua capacidade, gerando média de 550 empregos diretos, fora os agregados, entre eles mais de 200 motoristas, sem computar outros segmentos.

“Não tem como avançar por falta de pedidos; conseguimos estabilizar a indústria, mantendo os empregos, porém sem novos investimentos”, explicou Alexandre Citro.