Por maioria, Câmara de Valparaíso cassa mandato do prefeito Roni

Da Redação -23/02/2018 15:02

Com oito votos favoráveis e apenas três contra, a Câmara de Vereadores em Valparaiso cassou agora pouco o mandato do prefeito Roni Ferrareze, do PV, na votação do relatório final da Comissão Processante criada para apurar denúncia de suposto esquema para fraudar licitações.

Na concorrida sessão realizada na tarde desta sexta-feira, 23, os vereadores pastor Manoel Messias, Markin do Kal e José Carlos Pereira, que integrou a CP como membro, foram contra a cassação do prefeito.

Iniciada às 13h, a sessão extraordinária atraiu dezenas de munícipes, a favor e contra a cassação e que lotaram o recinto da Câmara. A exemplo de outras ocasiões a Polícia Militar foi acionada para reforçar a segurança externa e interna durante os trabalhos legislativos. Seguranças particulares também foram contratados, mais o clima foi tranquilo.

Em maioria, apoiadores do prefeito Roni se manifestaram com faixas e cartazes, assim como agiu a ala contrária à permanência do chefe do executivo, que desde o início da denúncia, se diz vítima de complô da oposição.

O vereador José Carlos Pereira já havia discordado do relatório final e declaradas improcedentes as acusações formuladas pelo denunciante. Ele foi taxativo em dizer, antes da votação, que as acusações eram meramente para prejudicar o prefeito, fato lamentável e que não podia ser utilizado como fundamento para desencadear um processo por crime de responsabilidade, tamanha é a repercussão social e política alcançada com falsas histórias.

O próprio prefeito fez sua defesa, solicitando aos parlamentares que agissem com sabedoria e imparcialidade respeitando o voto popular que o elegeu. Ele também citou o trabalho do perito em relação aos áudios destacando que o profissional não conseguiu, apesar dos meios existentes identificar as falas dos pretensos envolvidos no suposto esquema para fraudar licitações. 

Em seu discurso, pastor Manoel lembrou que há dois anos a Câmara inocentou o ex-prefeito pela compra irregular de 3 milhões em medicamentos e que deveria se posicionar de forma a fazer justiça no caso atual.